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sábado, 15 de janeiro de 2011

Governo brasileiro admite à ONU despreparo em tragédias

É salutar o governo admitir , mas não usem somente o excesso de chuva o desastre que se abateu sobre o Rio de Janeiro.  Como a politicagem é mais importante do que honrar seu mandato, preferem resolver primeiro sua situação aumentando estupidamente seus próprios salários, estabelecer os conchavos , a distribuição de cargos. Os próprios políticos não têm preparado. Nas Eleições eles entram num vale tudo para ganhar uma vaga ou se manter. Acabaram as eleições ninguém mais sabe o que estão fazendo.
E o Brasil não esta preparado para várias outras situações. Logo em seguida a tragédia virão as doenças.  Todos sabem que o SUS é a tragédia nacional permanente. Ou alguém duvida disso. É reoltante!  



Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo

O governo brasileiro admitiu à Organização das Nações Unidas (ONU) que grande parte do sistema de defesa civil do País vive um "despreparo" e que não tem condições sequer de verificar a eficiência de muitos dos serviços existentes. O Estado obteve um documento enviado em novembro de 2010 por Ivone Maria Valente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), fazendo um raio X da implementação de um plano nacional de redução do impacto de desastres naturais. Suas conclusões mostram que a tragédia estava praticamente prevista pelas próprias autoridades.

Diante do tsunami que atingiu a Ásia e do aumento do número de desastres naturais no mundo nos últimos anos, a ONU foi pressionada a estabelecer um plano para ajudar governos a fortalecer seus sistemas de prevenção. Em 2005, governos chegaram a um acordo sobre a criação de um plano de redução de risco para permitir que, até 2015, o mundo estivesse melhor preparado para responder às catástrofes.
Uma das criações da ONU, nesse contexto, foi o Plano de Ação de Hyogo (local da conferência onde o acordo foi fechado). No tratado, a ONU faz suas recomendações de como governos devem atuar para resistir a chuvas, secas, terremotos e outros desastres. Ficou também estabelecido que os 168 governos envolvidos se comprometeriam a enviar a cada dois anos um raio X completo de como estavam seus países em termos de preparação para enfrentar calamidades e o que estavam fazendo para reduzir os riscos.
Na versão enviada pelo próprio governo do Brasil ao escritório da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres, no fim de 2010, as constatações do relatório nacional são alarmantes. "A maioria dos órgãos que atuam em defesa civil está despreparada para o desempenho eficiente das atividades de prevenção e de preparação", afirma o documento em um trecho. Praticamente um a cada quatro municípios do País sequer tem um serviço de defesa civil e, onde existe, não há como medir se são eficientes.
"Em 2009, o número de órgãos municipais criados oficialmente no Brasil (para lidar com desastres) alcançou o porcentual de 77,36% dos municípios brasileiros, entretanto, não foi possível mensurar de forma confiável o indicador estabelecido como taxa de municípios preparados para prevenção e atendimento a desastres", diz o documento em outra parte.
Limitações. No relatório, o Brasil é obrigado a dar uma resposta ao desempenho em determinados indicadores sugeridos pela ONU. Em um dos indicadores - que trata de avaliação de risco de regiões - o governo admite ter feito avanços, "mas com limitações reconhecidas em aspectos chave, como recursos financeiros e capacidade operacional". Na avaliação de risco, por exemplo, o governo admite que não analisou a situação de nenhuma escola ou hospital no País para preparar o documento.
O próprio governo também aponta suas limitações em criar um sistema para monitorar e disseminar dados sobre vulnerabilidade no território. O governo também reconhece que a situação é cada vez mais delicada para a população. "A falta de planejamento da ocupação e/ou da utilização do espaço geográfico, desconsiderando as áreas de risco, somada à deficiência da fiscalização local, têm contribuído para aumentar a vulnerabilidade das comunidades locais urbanas e rurais, com um número crescente de perdas de vidas humanas e vultosos prejuízos econômicos e sociais", diz o documento assinado por Ivone Maria.
Consequência. "A não implementação do Programa (de redução de riscos) contribuirá para o aumento da ocorrência dos desastres naturais, antropogênicos e mistos e para o despreparo dos órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela execução das ações preventivas de defesa civil, aumentando a insegurança das comunidades locais", afirmou o relatório.
O órgão também deixa claro que o Brasil estaria economizando recursos se a prioridade fosse a prevenção. "Quando não se priorizam as medidas preventivas, há um aumento significativo de gastos destinados à resposta aos desastres. O grande volume de recursos gastos com o atendimento da população atingida é muitas vezes maior do que seria necessário para a prevenção. Esses recursos poderiam ser destinados à implementação de projetos de grande impacto social, como criação de emprego e renda", conclui o documento.


















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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ao menos 489 morrem na região serrana do Rio; Defesa Civil diz que há centenas de soterrados

A era do “jeitinho” no Brasil tem que acabar.
Se era uma tragédia anunciada, porque, então, não tomaram as providências para evitá-la.
O pais como um todo ainda é muito precário quando se trata de planejamento, fiscalização onde para “quebrar o galho” se dá um jeitinho, vista grossa, um agradinho acolá e assim as coisas vão indo de mal a pior. Fazer a coisa certa, honesta. Posso usar esta palavra?
Nesse pais se acostumou ao improviso, a ser esperto, a tirar vantagem e as conseqüências um dia vem a tona e a coisa torta vem cobrar seu preço, muitíssimo mais caro se fizessem a coisa certa da primeira vez. Então não venha o Senhor Governador falar em tragédia anunciada e se ele sabia deveria ter tomados as providências cabíveis em tempo.Que sairia muito mais barato e sem o custo de tantas vidas. Espero que todo esse dinheiro anunciado vá realmente para atender a população necessitada e os cuidados para que nunca mais tornem a acontecer tamanhas tragédias anunciadas.



Folha.com 13/01/2011

Cabral culpa ocupação irregular por "crônica de uma tragédia anunciada" no Rio

 governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou nesta quinta-feira que a catástrofe provocada pelas chuvas na região serrana do Estado era a "crônica de uma tragédia anunciada


"A ocupação irregular e a questão ambiental têm cada vez mais como sinônimo a palavra tragédia. Foi uma situação realmente atípica, um volume de água realmente impressionante. Se tudo estivesse correto, correto, correto haveria danos materiais e perdas de vida, mas não na intensidade que nós estamos vendo", afirmou o governador em entrevista à rádio CBN.
Segundo Cabral, as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo vêm de "décadas de permissividade na ocupação de encostas". "O que houve danosamente de ocupação nos últimos 25, 30 anos dessas encostas é absolutamente irresponsável. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo quadruplicaram suas populações", afirmou.
Cabral disse que a culpa principal é das prefeituras, que não coibiram a ocupação irregular. "Ou a gente toma consciência disso e usa o aparato público para dizer 'não, aí não pode' ou vai acontecer novamente", disse o governador.


Ele afirmou que tramita no Banco Mundial pedido de empréstimo de R$ 1 bilhão para financiar um programa chamado Morar Seguro, pelo qual o Estado comprará terrenos para abrigar famílias que forem removidas das áreas de risco.

O governador disse que a cidade que mais sofreu com as chuvas foi Nova Friburgo, onde vivem 182 mil pessoas. "Nova Friburgo das três cidades é a mais castigada do ponto de vista da sua infraestrutura, de um plano geral. Nós vamos precisar de recursos sim, para recuperar distritos e regiões de Petrópolis e Teresópolis e eu diria quase toda a cidade de Nova Friburgo."
Essa situação pode fazer com que, além do sobrevoo programado para esta manhã, Cabral e a presidente Dilma Rousseff desçam em Nova Friburgo, onde o vice-governador Luiz Fernando Pezão se encontra desde quarta-feira no comando das operações de resgate.

Cabral, que voltou nesta quinta-feira ao país de viagem no exterior, disse ter conversado por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele me ligou preocupado. Ele e dona Marisa externando toda a sua solidariedade, seu carinho, seu amor pelo Rio de Janeiro", disse.
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