quinta-feira, 16 de junho de 2011

Não se pode fazer ‘WikiLeaks’ da história do Brasil, diz Sarney

 Minha Palavra

A confidencialidade é boa e útil para as pessoas se resguardarem seus interesses. Todas as empresas e países a adotam para resguardar seus interesses. Tudo muito natural até o ponto onde a confidencialidade serve para situações escusas e fraudulentas como no caso de governos corruptos, onde o sigilo é uma arma e uma cobertura para os atos ilícitos.  Em minha opinião tudo que disser respeito aos assuntos de estado, a transparência na sua gestão é um imperativo que auxilia rira no acompanhamento por parte do eleitorado e contribuintes para escolher os seus representantes e cobrar posições dentro da perspectiva dos contribuintes de modo que os legítimos donos do poder pudessem controlar seus representantes inclusive definir a sua remuneração.Pois foram eleitos para representar uma coletividade e trabalhar em prol dos anseios de suas bases eleitorais. Fora disso é sem-vergonhice, ladroagem e corrupção.Coisa que desgraça uma nação.
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Agência Brasil
O Estado de São Paulo
14.junho.2011

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta terça-feira, 14, que defende o sigilo apenas de documentos históricos do governo referentes à definição das fronteiras do país. Para ele, todos os demais registros da história recente do Brasil, incluindo os do período da ditadura militar e dos governos posteriores, inclusive o seu, devem ser abertos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), requereu a retirada da tramitação em regime de urgência do projeto de Lei Geral de Direito à Informação, o que dá mais tempo para a análise do Congresso.
 “Acho que não podemos fazer WikiLeaks [site que divulgou uma série de informações sigilosas do governo dos Estados Unidos e de outros países] da história do Brasil, da constituição de nossas fronteiras”, afirmou o presidente do Senado.

Ele reclamou que foi mal interpretado nas declarações que deu nesta segunda-feira, 13, sobre o assunto. Sarney ressaltou que quando usou o termo “abertura de feridasreferiu-se à possibilidade de que, a partir da divulgação de documentos históricos da delimitação das fronteiras, fossem criados problemas já superados com países como a Bolívia e o Peru, por exemplo.
Quanto aos documentos que dizem respeito à documentação que não trata desses assuntos, José Sarney foi enfático: “O resto pode abrir, acho que deva abrir. Na parte do meu governo está tudo aberto. Quem for à minha fundação, no Maranhão, vai ver que tem mais de quatrocentos e tantos mil documentos, e eu não tenho o menor interesse de esconder nada.”
Nesta terça, a ONU afirmou ter recebido com insatisfação a notícia da indicação do governo brasileiro de rever o projeto que colocaria fim ao sigilo eterno de documentos ultrassecretos.
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Tags: lei da informação, Sarney, sigilo eterno

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