domingo, 24 de abril de 2011

Apagão de combustíveis provoca rombo de US$ 18 bilhões na balança

Miha Palavra
Democracia : do povo pelo povo e para o povo. Você já leu esta frase?

A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga{demo=povo e kracia=governo}.

Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.
Os gregos cunharam a palavra Democracia. Desde aquela época até hoje o princípio básico permanece mesmo apesar de o modelo ter sofrido diversas alterações com intuito de aperfeiçoá-lo.
O que acontece no Brasil incipiente que tem urgência de evoluir e atender as reais da sua população e não ao grupo que esteja no poder.
Dizem que o Brasil tem uma l melhor legislações do mundo, mas também usadas conforme os interesses dos políticos de plantão.
Governo burocrático com uma legislação, uma falta brutal de eficiência, falta de gestão de um estado inchado e perdulário, ineficientes e que fica patinando no mês,o lugar com pouquíssima integração com a sociedade colocando interesses escusos a frente das reais necessidades da Nação. Ou você acha que esta bem desse jeito?  Até quando você vai aturar este estado de coisas fechando os olhos e engolindo os absurdos que são cometidos supostamente em favor da população!

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O Estado de S. Paulo
Raquel Landim
23 de abril de 2011

Com o aumento da frota em circulação, consumo de derivados de petróleo supera a produção local e impulsiona as importações




SÃO PAULO - Com a disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustível desde o início do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Faltou combustível em alguns postos do interior de São Paulo e a Petrobrás e os usineiros chegaram a importar gasolina e etanol.

A situação é resultado da queda da produção de etanol, provocada pela entressafra da cana e pela alta do preço do açúcar, mas reflete também um problema estrutural do País.

 Com o aumento da frota de veículos e o crescimento da economia, e sem investimentos compatíveis na produção de gasolina, diesel e etanol, o País começa a viver um "apagão" de combustíveis.

O consumo de derivados de petróleo (gasolina, diesel e nafta) ultrapassou a produção local, impulsionando as importações, que ficam cada vez mais caras com o aumento do preço do petróleo lá fora.
 Em geral, a Petrobrás prioriza a produção de gasolina localmente e concentra as importações em diesel e nafta.

A situação vai provocar um déficit de US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano, conforme projeção da RC Consultores.
 Em 2010, as importações de derivados ultrapassaram as exportações em US$ 13 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Em 2000, o rombo era de US$ 3,2 bilhões.
Diferente do "apagão" de energia elétrica, que interrompe a produção nas fábricas e deixa as cidades às escuras, a falta de combustível é sanada com importações, desde que a situação não seja muito grave. "A população pode não perceber, mas vivemos um estrangulamento do setor de combustíveis, um apagão", disse Adriano Pires, diretor executivo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

O problema é que a situação aumenta a vulnerabilidade externa do País. Em 2010, o superávit comercial chegou a US$ 20,3 bilhões, mas poderia ter sido 64% maior não fosse o rombo dos combustíveis. O resultado da balança ameniza o déficit em conta corrente (resultado das transações externas do País, incluindo remessas de lucros e viagens internacionais), que deve atingir US$ 61,5 bilhões este ano.
Em 2010, pela primeira vez desde 2000, o País comprou mais derivados do que petróleo bruto.
 Foram adquiridos 27,38 milhões de metros cúbicos de derivados ante 19,66 milhões de óleo bruto, conforme a Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Ficamos mais dependentes da importação de derivados, que têm valor agregado mais alto", disse José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Descompasso. Uma das principais armas do governo para tirar o País da crise global foi estimular a venda de automóveis com incentivos fiscais.
 Em 2010, foram licenciados 3,52 milhões de veículos, mais que o dobro dos 1,49 milhão de 2000.
 A frota atual é de 32,5 milhões de carros, ônibus e caminhões.

Esse crescimento, porém, não foi acompanhado pelo aumento na produção de combustíveis.
 No ano passado, o País consumiu 117,9 milhões de metros cúbicos de derivados de petróleo, 11% a mais do que produziu.
 Até então, a oferta se equiparava ou superava a demanda.
 "Não temos refinarias suficientes para atender ao crescimento da economia", disse Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.

 A Petrobrás tem quatro em construção, mas a produção de derivados só deve crescer em 2013.

e-mail: palmadasemanal@gmail.com

Um comentário:

Silvinha disse...

Nossa , é de assustar.