A era do “jeitinho” no Brasil tem que acabar.
Se era uma tragédia anunciada, porque, então, não tomaram as providências para evitá-la.
O pais como um todo ainda é muito precário quando se trata de planejamento, fiscalização onde para “quebrar o galho” se dá um jeitinho, vista grossa, um agradinho acolá e assim as coisas vão indo de mal a pior. Fazer a coisa certa, honesta. Posso usar esta palavra?
Nesse pais se acostumou ao improviso, a ser esperto, a tirar vantagem e as conseqüências um dia vem a tona e a coisa torta vem cobrar seu preço, muitíssimo mais caro se fizessem a coisa certa da primeira vez. Então não venha o Senhor Governador falar em tragédia anunciada e se ele sabia deveria ter tomados as providências cabíveis em tempo.Que sairia muito mais barato e sem o custo de tantas vidas. Espero que todo esse dinheiro anunciado vá realmente para atender a população necessitada e os cuidados para que nunca mais tornem a acontecer tamanhas tragédias anunciadas.
Folha.com 13/01/2011
Cabral culpa ocupação irregular por "crônica de uma tragédia anunciada" no Rio
governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou nesta quinta-feira que a catástrofe provocada pelas chuvas na região serrana do Estado era a "crônica de uma tragédia anunciada
"A ocupação irregular e a questão ambiental têm cada vez mais como sinônimo a palavra tragédia. Foi uma situação realmente atípica, um volume de água realmente impressionante. Se tudo estivesse correto, correto, correto haveria danos materiais e perdas de vida, mas não na intensidade que nós estamos vendo", afirmou o governador em entrevista à rádio CBN.
Segundo Cabral, as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo vêm de "décadas de permissividade na ocupação de encostas". "O que houve danosamente de ocupação nos últimos 25, 30 anos dessas encostas é absolutamente irresponsável. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo quadruplicaram suas populações", afirmou.
Cabral disse que a culpa principal é das prefeituras, que não coibiram a ocupação irregular. "Ou a gente toma consciência disso e usa o aparato público para dizer 'não, aí não pode' ou vai acontecer novamente", disse o governador.
Ele afirmou que tramita no Banco Mundial pedido de empréstimo de R$ 1 bilhão para financiar um programa chamado Morar Seguro, pelo qual o Estado comprará terrenos para abrigar famílias que forem removidas das áreas de risco.
O governador disse que a cidade que mais sofreu com as chuvas foi Nova Friburgo, onde vivem 182 mil pessoas. "Nova Friburgo das três cidades é a mais castigada do ponto de vista da sua infraestrutura, de um plano geral. Nós vamos precisar de recursos sim, para recuperar distritos e regiões de Petrópolis e Teresópolis e eu diria quase toda a cidade de Nova Friburgo."
Essa situação pode fazer com que, além do sobrevoo programado para esta manhã, Cabral e a presidente Dilma Rousseff desçam em Nova Friburgo, onde o vice-governador Luiz Fernando Pezão se encontra desde quarta-feira no comando das operações de resgate.
Cabral, que voltou nesta quinta-feira ao país de viagem no exterior, disse ter conversado por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele me ligou preocupado. Ele e dona Marisa externando toda a sua solidariedade, seu carinho, seu amor pelo Rio de Janeiro", disse.
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Um comentário:
Há anos os institutos vem alertado o governo sobre as áreas de risco e ninguém até então tomou providência. Sacar 1bi de reais é fácil, o difícil é criar um plano de financiamento nacional as moradias aqui e fazer estudos de planejamento habitacional adequados. Mas primeiro constroem e depois estudam, o q há de se fazer? Enterrar qm morreu.
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