terça-feira, 15 de março de 2011

Astrônomos medem expansão do universo com precisão de 3,3%

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Minha Palavra

Quem somos nós que vivemos num grão de areia na imensidão do universo. Seremos tão privilegiados? A grandiosidade imensurável do desconhecido. Afinal o que somos verdadeiramente?

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Teoria alternativa à matéria escura foi descartada depois que cientistas da Nasa recalcularam taxa com precisão sem precedentes estadão.com.br
15 de março de 2011 |


Uma teoria alternativa à matéria escura foi descartada depois que astrônomos da Nasa recalcularam a taxa de expansão do universo com precisão sem precedentes usando o Telescópio Hubble da Nasa.
 As novas medições têm margem de erro de apenas 3,3%, enquanto as anteriores - apresentadas em 2009 - eram de até 30%. Os resultados serão publicados na revista Astrophysical Journal em abril.

 Há tempos os cientistas tentam explicar a expansão do universo a taxas crescentes.
 Uma das teorias, a da matéria escura, explica que existe um tipo de matéria que não pode ser detectada, mas que tem efeito oposto ao da gravidade. Acredita-se que ela forme cerca de um quarto do universo.

A hipótese concorrente, descartada após este último estudo, postulava que uma "bolha" enorme de espaço relativamente vazio de oito bilhões de anos-luz rodeia nossa vizinhança galáctica.
 Se vivêssemos perto do centro desse vácuo, observações de galáxias sendo empurradas para fora a velocidades crescentes seriam uma ilusão.

Adam Riess, que liderou o estudo, conseguiu descartar essa última hipótese usando as observações do Hubble para uma melhor caracterização do comportamento da matéria escura.
 Os dados ajudaram a determinar um número muito mais preciso para a taxa de expansão do universo, o que ajudará os astrônomos a determinar questões como o formato do universo.

"Estamos usando a nova câmera instalada no Hubble como um radar de trânsito para pegar o universo ultrapassando a velocidade permitida", afirmou Riess em nota divulgada pela Nasa. "Parece que é a matéria escura que está apertando o acelerador."
Para a pesquisa, inicialmente a equipe teve que determinar com precisão as distâncias de galáxias próximas e distantes da Terra.
 Então, eles compararam essas distâncias com a velocidade a que as galáxias estão aparentemente diminuindo devido à expansão do Espaço.
 Eles usaram esses dois valores para calcular a "constante de Hubble", número que relaciona a velocidade a que uma galáxia parece "diminuir" a sua distância da Via-Láctea.
Vale lembrar que os astrônomos não podem medir fisicamente a distância de uma galáxia até a Via-Láctea.
 Sendo assim, eles usam estrelas ou supernovas como pontos de referência confiáveis. Esses objetos têm um brilho intrínseco - seu brilho real, não diminuído pela distância, pela poeira ou pela atmosfera - e um brilho real - visto da Terra.
 Sua distância pode então ser medida de maneira confiável pela comparação desses dois brilhos.

Matéria Escura

Quanta matéria escura vai na receita de uma galáxia?

O Observatório Espacial Herschel – uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) com contribuições da Nasa – revelou quanta matéria escura é necessária para a formação de uma nova galáxia cheia de estrelas. A pesquisa foi publicada na revista Nature.
“Se você começar com pouca matéria escura, então uma galáxia em desenvolvimento pode se enfraquecer”, disse o astrônomo Asantha Cooray da Universidade da Califórnia em nota de divulgação do estudo. “Se você tiver matéria escura demais, então o gás não se resfria o suficiente para formar apenas uma grande galáxia e você acaba com várias galáxias pequenas. Mas se você tiver exatamente a quantidade certa de matéria escura, então uma galáxia cheia de estrelas em formação vai aparecer.”
O estudo então mediu que a quantidade certa de matéria escura é o equivalente à massa de 300 bilhões de sóis. A descoberta é um passo importante para a compreensão de como a matéria escura, uma substância invisível que permeia o nosso universo, contribuiu para o nascimento de enormes galáxias no início da formação do universo.
e-mail: palmadasemanal@gmail.com

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