BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), participou nesta sexta-feira da primeira reunião do Diretório Nacional do PT após as eleições. No encontro, aliados repeliram as informações do processo da Justiça Militar contra a então militante e hoje presidente eleita divulgados nesta sexta-feira pelo GLOBO . De acordo com as informações, no período da ditadura Dilma tinha funções de organização em assaltos a bancos e, sob tortura, revelou companheiros e locais de reuniões. (Leia também: Dilma se emociona e pede maturidade política em discurso durante reunião do diretório nacional do PT )
O ex-ministro José Dirceu disse que o documento é "lixo puro".
- Desde quando ficha política conseguida sob tortura vale alguma coisa? Isso é lixo puro. Ficha conseguida por esses órgãos sob tortura e assassinato só não são jogados na lata do lixo porque fazem parte da história - disse José Dirceu.
Na mesma linha, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, também considerou o documento um "lixo". Mas, na opinião de Dutra, a divulgação não irá trazer desgaste para a nova presidente.
- Do ponto de vista da realidade é lixo. Só não pode ser destruída por faz parte da historia. É ridículo querer transformar isso em um fato político. A divulgação dessa ficha não vai provocar desgaste nenhum à nossa presidente. Ao contrário, ela, e nós, temos orgulho de seu passado. Por esse tipo de ficha então o Vladimir Herzorg se suicidou? - questionou.
Na reunião do diretório deverá ser aprovado um documento com a análise da conjuntura política de alianças e o desempenho do PT no pleito.
Também estiveram presentes no encontro a governadora Ana Júlia ( Pará) e os governadores eleitos Jaques Wagner (Bahia), Tião Viana (Acre) e Agnelo Queiroz ( Distrito Federal).
(Publicado em 19/11/10 O Globo)
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